quinta-feira, 23 de julho de 2009

Vitalidade da Paróquia de Resende*

Vivência da Páscoa
A Páscoa, que comemora a ressurreição de Cristo, é a festa maior da cristandade. A paróquia de Resende dá especial relevância a esta época, cujas iniciativas revestem uma dimensão exclusivamente religiosa. A precedência recaiu sobre os doentes, para os quais foram agendados dias específicos, com alguma antecedência, para se confessarem e receberem a comunhão pascal. Uma atenção particular é dada aos estudantes do ensino básico e secundário, que frequentam escolas da vila. Preparados pelos docentes de moral, foi-lhes disponibilizado um dia, durante a última semana de aulas, para a preparação (confissão) e realização da comunhão pascal, a qual decorreu, no dia 26 de Março, no Centro Paroquial (para os alunos do 1.º ciclo) e, no dia seguinte, no Externato (para os alunos dos 2.º e 3.º ciclos e do secundário das escolas públicas e dos alunos do Externato e da Escola Profissional). Para a restante população que desejou confessar-se estiveram disponíveis 12 padres na quarta-feira da Semana Santa.
De acordo como o previsto no ritual da Igreja, decorreram as cerimónias de Quinta-Feira Santa (celebração da Última Ceia e evocação do lava-pés), Sexta-Feira Santa (leitura da Paixão de Cristo e adoração da Cruz), Sábado Santo (cerimonial da vigília pascal) e Domingo de Páscoa (com missas na igreja paroquial, centro paroquial e capelas do Enxertado e Loureiro).
Como já vem sendo hábito, realizou-se na Sexta-Feira Santa à noite, no Largo da Feira, a dramatização da Paixão em que participaram escuteiros, elementos do grupo de jovens e alguns adultos, num total de cerca de 30 pessoas.
A visita pascal continua a ser o momento mais aguardado, pelo seu significado religioso, pelo gesto de proximidade e pela memória que encerra. Muitos resendenses a residir noutras paragens continuam a deslocar-se propositadamente à vila ou aldeia de origem para aí beijarem a cruz como o faziam outrora. No domingo de manhã, saíram cinco cruzes com os seguintes percursos/localidades: Paredes; Enxertado; estrada da igreja aos bombeiros e Mirão; zona de Sais, Vista Alegre, Paço Velho até às bombas de gasolina; e Cotelo, Figueira Velha; Pene Loureiro e Riboura. De tarde, saíram sete cruzes: continuação no Enxertado; três na vila; Rendufe (vinda de Loureiro); Minhães, vinda de Paredes; e Portela, Granja. Na segunda-feira , uma cruz visitou Vinhós, da parte da manhã e Cimo de Resende, da parte da tarde.

Catequese
Presentemente, frequentam a catequese cerca de 280 crianças/adolescentes, dos 5 aos 15 anos, o que representa um número assinalável para a dimensão do concelho. Os dois primeiros anos destinam-se à preparação da primeira comunhão. Os quatro seguintes têm como objectivo fazer a profissão de fé. E os últimos quatro têm como finalidade o estudo e a preparação para o crisma/confirmação, cuja cerimónia, presidida normalmente pelo bispo, se realiza de dois em dois anos. Para orientar as várias sessões e grupos, que têm lugar na igreja paroquial (sábados e domingos), no centro paroquial (domingos) e Enxertado (domingos), a paróquia conta com 29 catequistas, de entre os quais vários jovens, designadamente seis estudantes do ensino superior.
Mais do que simples ensino, transmissão e memorização de verdades, códigos e fórmulas, a catequese actual procura fazer um percurso de reflexão em torno de múltiplos temas à luz da Escritura, da Liturgia e dos ensinamentos da Igreja, levando à formação de uma consciência cristã das crianças/jovens. O que está em causa é a preocupação com a pedagogia da fé, ou seja, uma construção alicerçada na dimensão cristã, o que pressupõe muita preparação, sensibilidade e motivação por parte dos catequistas. Por isso, os candidatos a este múnus frequentam previamente um curso aprofundado de formação. Posteriormente, são convidados a frequentar acções de actualização, levadas a cabo pelas várias estruturas da diocese. Têm ainda, ao longo do ano, reuniões de acompanhamento.

Grupos de jovens
O Agrupamento de Escuteiros (1096) integra crianças/jovens entre os 6 e 22 anos, divididos, de acordo com faixas etárias, por quatro secções (lobitos, exploradores, pioneiros e caminheiros). Actualmente, conta com 49 elementos.
Bem organizado e orientado e com um minucioso plano de actividades, procura marcar presença em iniciativas nacionais, regionais e locais. Como movimento da Igreja Católica, a sua ligação à paróquia é muito forte. Todos frequentam a catequese até receberem o crisma, sendo convidados, após o mesmo, à prática religiosa e a participarem em actividades da paróquia. O P. José Augusto é desde o início o seu assistente religioso, sendo também actualmente chefe de agrupamento.
Além dos escuteiros, existe um grupo de jovens (Gotas d’Orvalho), cujo objectivo é a reflexão, debate de ideias, partilha solidária e participação em iniciativas da paróquia. Têm uma reunião semanal, às sextas-feiras, pelas 21h00. Promovem e marcam presença em intercâmbios com grupos congéneres da diocese e de outras dioceses. Participam em acções de formação, retiros, convívios fraternos e outras iniciativas como passeios e férias conjuntas. No âmbito da paróquia, animam eucaristias, integram procissões, fazem um magusto, ajudam na organização da festa do Natal e participam na dramatização da Paixão, entre outras iniciativas.
Há ainda jovens, inseridos ou não nas estruturas anteriores, que integram o grupo coral, o grupo de catequistas e o grupo de acólitos. Convém referir que na festa do Crisma, que ocorre normalmente após os 15/16 anos, os jovens são convidados a assinar um compromisso no sentido de integrarem um grupo ou estrutura juvenil.

“Sê…”
É um jornal mensal, de 8 páginas, com 13 anos de existência e 151 números publicados, cuja edição é da responsabilidade do Agrupamento de Escuteiros de Resende. Tem sempre um editorial, em primeira página, escrito pelo P. José Augusto, onde é tratado um tema específico. O de Abril faz uma reflexão sobre o significado da Páscoa, cujo tema volta a ser tratado pelo mesmo autor e pelo P. Martins Teixeira, respectivamente nas páginas dois e quatro. Embora voltado para as actividades dos escuteiros, com rubricas lúdico-didácticas, integra também outros temas de interesse para a paróquia como movimento paroquial ( encontros, cursos de formação, baptizados, casamentos e funerais), agenda mensal das várias actividades (missas, dia de confissões, reuniões e festas litúrgicas) e reflexões gerais. Pelo seu carácter formativo e informativo, pela diversidade e interesse temático e pelo design gráfico, é um jornal que ultrapassa as fronteiras dos escuteiros, sendo distribuído mensalmente no primeiro domingo de cada mês, na chamada missa dos escuteiros.

Movimentos e grupos de adultos
Além dos ministros da comunhão, que integra seis pessoas, e dos catequistas, há dois grupos/movimentos na paróquia: Movimento dos Cursos de Cristandade, ao qual pertencem 30 elementos, e a Conferência de S. Vicente de Paulo, que integra 12 voluntários.
Refira-se que o movimento dos cursos de cristandade teve a sua origem na ilha de Maiorca, em Espanha, no ano de 1944, tendo como grande objectivo proporcionar a vivência cristã junto dos outros nos vários contextos de vida (familiar, profissional, social e político), através de pessoas previamente seleccionadas pela sua influência, as quais servirão de veículos de divulgação, consciencialização e de testemunho. Esta metodologia, com efeitos bastante eficazes, encontra-se actualmente espalhada por todo o mundo, tendo tido início em Portugal em 1960. Localmente, pressupõe um enquadramento adequado e muito acompanhamento.
As Conferências de S. Vicente de Paulo desenvolvem actividades destinadas a minorar as carências das pessoas social e economicamente mais desfavorecidas. Esta organização foi fundada, em Paris, em 1833, por sete jovens universitários, liderados por Frédéric Antoine Ozanam, na altura com 20 anos. Em Resende, faz o levantamento das necessidades, respondendo às mesmas através de alimentos, vestuário ou fazendo o encaminhamento para quem de direito. Disponibiliza também três casas, de que é proprietária, a pessoas carenciadas.

O quotidiano da paróquia
Os seus responsáveis procuram que as pessoas vivam o ano litúrgico, os respectivos ciclos, festividades e devoções de forma esclarecida. Por isso, há um grande investimento na animação e formação de jovens, sem descurar os adultos. Ainda recentemente, decorreu, ao longo de seis dias, com início às 21h, um curso bíblico sobre S. Paulo.
Para se ter uma ideia do movimento religioso de acordo com as grandes etapas da vida, é de referir que, em 2008, se realizaram 37 baptizados, 8 casamentos e 20 funerais. A realização do crisma ocorre de dois em dois anos, abrangendo cerca de 40 candidatos.
Devido à extensão da paróquia, estão previstas missas/celebrações eucarísticas por diversos locais ao longo da semana. Assim, na igreja paroquial, é celebrada missa às segundas, quartas, sextas, sábados e domingos, decorrendo duas celebrações neste último dia. No centro paroquial, é celebrada às segundas, terças, quintas, sextas e domingos. No Enxertado, é celebrada às terças, quinta e domingos. Há ainda missa no lar da Santa Casa da Misericórdia aos sábados.
O trabalho é repartido entre o P. António Martins Teixeira, que se dedica preferencialmente à pastoral dos adultos, e o P. José Augusto Marques, que tem a seu cargo a animação e formação de jovens. Ambos têm também a seu cargo a paróquia de Felgueiras. O P. Martins, carinhosamente tratado por “Senhor Abade”, personalidade marcante pelo seu espírito empreendedor e optimista, veio para Resende há 41 anos, tendo dedicado também muito do seu esforço em prol do Externato. O P. José Augusto, que colabora na paróquia há 14 anos, é conhecido pelas suas capacidades de trabalho, competência e dedicação nas múltiplas actividades que desenvolve (paróquias de Resende e Felgueiras, director do Externato, director espiritual do seminário, chefe do agrupamento de escuteiros…).

Papel da paróquia na criação e desenvolvimento do Externato
A paróquia de Resende esteve na origem da criação do Externato D. Afonso Henriques em 1963, em Massas. E voltou a ter um papel imprescindível na sua reabertura em 1978. Foi o P. António Martins Teixeira quem adquiriu a casa junto à igreja paroquial, para nela instalar o Externato, tendo sido o responsável pelas obras de readaptação Foi seu director durante 21 anos, até 1991, tendo continuado como professor até 1998.
Após a saída do Cón. Manuel Esteves Alves em 2007, reatando uma tradição anterior, a direcção deste estabelecimento é assumida actualmente por um pároco de Resende, o P. José Augusto Marques.
Refira-se que o Externato, que é detido pela Fábrica da Igreja Paroquial (sendo caso único no país), constituiu, durante as décadas de sessenta e setenta do século passado, uma oportunidade para as crianças e jovens mais desfavorecidos do concelho de Resende prosseguirem estudos após a primária. Enquanto no resto do país este tipo de estabelecimentos foi desaparecendo face à implementação de escolas públicas, o Externato D. Afonso Henriques foi dos poucos a resistir, contribuindo actualmente para a diversificação de ofertas educativas no concelho.
*Texto de autoria de Marinho Borges, publicado no Jornal de Resende, número de Abril de 2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

Cárquere acolheu 1 500 jovens na Jornada Diocesana da Juventude*

XXIV Jornada Diocesana da Juventude
Na esteira das Jornadas Mundiais da Juventude promovidas pelo Papa, é realizado anualmente, a nível da Diocese de Lamego, um evento da mesma natureza. Cárquere teve a honra de acolher, em 16 de Maio, a Jornada deste ano, que reuniu cerca de 1 500 jovens. Muitos participantes, já repetentes neste tipo de eventos, incluíram a deste ano, que já vai na 24.ª edição, entre as melhores até agora realizadas. O Padre Bráulio Carvalho, Director do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil (SDPJ), agradeceu o suporte dado pela Câmara Municipal de Resende e da Junta de Freguesia de Cárquere à iniciativa.
Este encontro foi devidamente preparado em toda a Diocese, tendo sido inclusivamente editado um livro com catequeses e trabalhos de grupo, em que colaboraram os Padres José Augusto Marques e Marcos Alvim, que são também, respectivamente, os autores da letra e música do hino.
Houve grupos, como o de Ferreirim, que vieram de véspera, tendo participado numa Vigília de Oração com jovens do concelho de Resende e acampado em Cárquere.
Por volta das 10h00 de 16 de Maio, teve início a caminhada até ao Carvalhal ao longo da qual foram dramatizadas algumas cenas bíblicas: i) primeiro milagre de Jesus no casamento/bodas de Caná em que houve a transformação da água em vinho, tendo servido para reflectir sobre a importância do matrimónio; ii) chamamento dos Apóstolos e cura do cego de nascença, cuja encenação foi pretexto para repensar a importância do sacramento da ordem e dos padres nos dias de hoje; e iii) conversão de S. Paulo, em que se reflectiu sobre a mudança e radicalidade de projectos de vida.
Chegados ao Carvalhal, os jovens puderam confessar-se a sacerdotes discretamente posicionados no recinto, rezar e meditar na tenda do Encontro (com o Santíssimo exposto), contactar com a realidade das Missões (em tenda da responsabilidade de um Missionário Comboniano) e saber mais acerca das actividades dos escuteiros (em tenda do Agrupamento dos Escuteiros de Resende e da Associação das Guias e Escuteiros da Europa).
Por volta das 12h30, teve início a missa festiva presidida por D. Jacinto, concelebrada por 28 sacerdotes, que foi entrecortada por muitas canções, preces e a vivacidade de várias encenações, em que Cristo foi apresentado como o “amigo de todas as horas de quem não podeis prescindir”, como referiu o Bispo de Lamego na exortação da homilia.
Após a missa, que terminou por volta das 14h00, seguiu-se o almoço partilhado, seguindo-se uma tarde recreativa com actuações de vários grupos. Os seminaristas foram os primeiros a entrar em palco, tendo apresentado várias canções e testemunhado a convicção das suas opções. Seguiram-se os jovens de Castro Daire, Almacave, Poço do Canto (Mêda), Cinfães, Sernancelhe, Ferreirim, Soutelo do Douro (S. João da Pesqueira), Sé e grupos de animadores e de convivas. Canções, testemunhos, sketchs sobre dependências e outros temas, danças e cenas de humor percorreram o palco e animaram a tarde.
Após a oração do envio, foi anunciado que Penedono organizará a jornada do próximo ano, tendo sido entregue aos sacerdotes e jovens presentes deste arciprestado uma grande cruz de madeira (que a comissão organizadora de Resende mandou fazer), como sinal da passagem de testemunho, que doravante marcará presença nos futuros eventos.

Igreja e formação da juventude
Até aos anos 70 do século passado, a Acção Católica foi o grande instrumento de formação ao serviço da Igreja Católica Portuguesa, cujas bases orgânicas foram aprovadas pelos bispos em 16 de Novembro de 1933. Este movimento, enquanto organização nacional que cobria todos os sectores da sociedade, combinando um apostolado total, tinha como desígnio a revitalização da presença da Igreja, face ao sentimento de fragilidade e ao processo de secularização até então vivido. Correspondia a uma visão militante do catolicismo e ao ideal de instalação de uma “nova cristandade”. Capaz de responder e integrar todos os sectores da sociedade, o movimento apresentava-se duplamente especializado segundo o sexo e a idade e organizado de acordo com os chamados “meios sociais” (agrário, escolar, independente, operário e universitário). Juventude Agrária e Rural Católica, Juventude Escolar Católica, Juventude Universitária Católica, Juventude Operária Católica e Juventude Independente Católica são as estruturas organizativas da juventude.
Este movimento teve um papel importante, sobretudo entre os anos 50 e 70 do século passado, na formação humana, cívica e religiosa de várias gerações de portugueses, tendo estado na origem de novas elites católicas nos mais diversos sectores da sociedade, em particular universitário, intelectual e cultural, mas também operário. Vários militantes vieram a ter uma influência marcante na chamada “primavera marcelista” e após o 25 de Abril. A partir dos anos 70, deu-se o esgotamento do paradigma de movimento católico que a Acção Católica Portuguesa (ACP) corporizou, tendo a mesma sido desmembrada como corpo orgânico em 1974. A realização do Concílio Vaticano II constituiu um importante ponto de viragem neste processo. Este desmembramento da ACP como corpo orgânico não significou o fim daquela experiência. Nalguns casos, traduziu-se no relançamento de parte dos movimentos, alguns dos quais continuam o seu trabalho nos dias de hoje, embora em contextos e modalidades bem diversos dos iniciais e sem a força e a presença de outrora, dependendo de voluntarismos e contextos específicos locais. No que respeito à intervenção no meio estudantil, a JEC e a JUC fundiram-se em 1980, dando origem ao MCE (Movimento Católico de Estudantes), embora respeitando a existência dos dois sectores de ensino: básico e secundário e superior. A sua cobertura e influência são infelizmente diminutas a nível nacional.
Assente na centralização e hierarquização e numa estruturação organizativa bem definida a nível local, diocesano e nacional, a Igreja Portuguesa perdeu assim um instrumento eficaz de formação de um “escol” (os militantes e dirigentes) e poder de influência na sociedade. A partir dos anos 80, a formação e a intervenção junto das camadas jovens ficaram, em grande medida, dependentes da capacidade e da vontade dos párocos para organizar e acompanhar “Grupos de Jovens” e aproveitar o potencial de organizações juvenis ligadas à Igreja, como o Escutismo Católico.

Pastoral juvenil na diocese de Lamego
Em cada um dos 14 arciprestados da diocese, há (ou pretende-se que haja) um responsável pela pastoral juvenil, que, em Resende, é o Padre José Augusto Marques. Cabe-lhe, no âmbito de uma equipa/conselho local para a juventude, apresentar iniciativas e sugestões aos outros párocos e grupos de jovens e articular com o Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil. Os grupos de jovens de cada paróquia reúnem normalmente uma vez por semana, possuindo cada um a sua dinâmica própria e actividades específicas.
A nível diocesano, há um Secretariado para a Pastoral Juvenil (http://sdpjlamego.no.sapo.pt/), que desenvolve um programa anual de actividades de carácter religioso, formativo, lúdico e musical, e de intercâmbio com outras dioceses ou inseridas em iniciativas nacionais, abertas aos diversos grupos de jovens. Participação em lausperenes, catequeses, peregrinação nacional de jovens a Fátima, torneios de futsal e festivais da canção são algumas das actividades. Particular importância é dada a cursos para animadores e de formação para os responsáveis de grupos de jovens. A Jornada Diocesana da Juventude, como assembleia que convoca anualmente todos os jovens, é o culminar festivo de todo o programa.

*Apontamento de autoria de Marinho Borges, publicado no Jornal de Resende (número de Junho de 2009)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Discurso do Dr. António Carvalho na tomada de posse como Director da Escola Secundária de Resende

As minhas primeiras palavras são de agradecimento, por estarem presentes, e testemunharem este momento de júbilo para mim e espero, para a Escola de que sou membro.

Na vida todos temos oportunidades e esta foi-me concedida pela possibilidade que tive, no início da minha carreira, de integrar o Conselho Directivo da Escola Secundária de Valadares, Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves. Aí com a minha Juventude e com o entusiasmo de quem pela primeira vez dirige, tivemos o desafio da ampliação da Escola.

Como ontem, hoje, graças ao empenho e visão do Sr. Presidente da Câmara, Eng. António Borges e a prestimosa intervenção da Sr.ª Directora Regional da Educação, Dr.ª Margarida Moreira, aqui presentes, vamos vivenciar uma situação análoga, pela integração da Escola na 3ª fase do programa de requalificação das Escolas Secundárias.

Esse facto determina por si, não só o concretizar das expectativas desta comunidade educativa, mas também, uma grande responsabilização de todos os agentes educativos, em se preparar para estar à altura, duma Escola que ambicionamos, seja a nossa Escola do futuro.

Os professores enquanto modelos de aprendentes que orientam e apontam caminhos no processo contínuo de aprendizagem ao longo da vida, devem, conforme previsto no nosso projecto educativo, investir para construir o futuro.

Essa mudança deve orientar-se pelos modelos de boas práticas dos serviços públicos de Educação e ir no sentido da prossecução do perfil de desempenho dos docentes do 3º Ciclo e do Ensino Secundário.

Pede-se a todos os agentes educativos que invistam muito da sua inteligência e saber em projectos angariadores de recursos e consequentemente da melhoria das condições do processo de ensino - aprendizagem;

Que invistam em cooperação para que juntos possamos melhorar a nossa Escola que ambicionamos seja referência de que querer é poder;

Que potencie formas empreendedoras de estar na vida;

Que seja referência fundamental na credenciação académica e profissional da população do Concelho de Resende.

O envolvimento de todos os agentes educativos, da comunidade educativa aqui representada pelo C. G. Transitório, das forças vivas do Concelho e da Região, são fundamentais para que as parcerias necessariamente se possam estabelecer sejam profícuas e melhorem a eficácia da organização Escola, na prestação dum serviço educativo de qualidade.

Nesse serviço, os percursos educativos são estabelecidos em função dos interesses e capacidades da cada um dos nossos alunos, e são apoiados de forma a que haja igualdade de oportunidades entre todos, independentemente do contexto sócio - económico de origem.

Merece por isso a chamada de atenção para o alargamento dos apoios da ASE com o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano e para as inegáveis mudanças que essa medida vai determinar na vida escolar de todos.

À Escola pede-se ainda que melhore os seus pontos fortes e transforme os fracos em fortes.

As respostas encontradas têm que ser ajustadas a um tempo da fibra óptica, a que vamos ter acesso, e vivenciadas no âmbito da blogosfera e integradas nas redes sociais da Web, práticas do dia-a-dia dos nossos alunos e que temos que aproveitar como ferramentas a utilizar no acto pedagógico. O programa e -Escolas possibilita nesse âmbito o adoptar de novas práticas estimuladoras do sucesso.

Sucesso na sua vida pessoal é o que desejo ao Sr. Presidente do Conselho executivo cessante, Dr. José Dias Gabriel e a todos vós que neste já longo percurso em comum demonstraram que são um exemplo na defesa da vossa Escola, por ser vossa, por ser de cada um e cada um sentir-se engrandecido com os seus êxitos e triste com os seus fracassos.

Termino esperando que satisfaça as expectativas postas na minha pessoa, certo de que estou disponível para com todos trabalhar e de alguma maneira partilhar a liderança dos destinos desta Escola.

Aos nossos convidados, a certeza de que podem contar com a nossa cooperação.

À minha família, à minha esposa e filhas, à minha Mãe, ao meu sogro e restantes familiares, o agradecimento pelo apoio demonstrado e os votos que o meu desejo de bem servir também os abranja, tornando-nos numa célula indivisível e cada vez mais forte.

A todos, e principalmente aqueles que se voluntariaram para hoje duma maneira especial colaborar na festa, o nosso MUITO OBRIGADO
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