terça-feira, 30 de março de 2010

Grupo "Resende em Marcha": Animação ao ritmo de canções populares*

Origem
Este grupo é herdeiro da animação ligada aos cortejos de oferendas que eram anualmente organizados nas diferentes freguesias do concelho para apoiar a Santa Casa de Misericórdia de Resende e, no âmbito de cada paróquia, para ajudar as obras religiosas e sócio-caritativas e contribuir para o pagamento de despesas com a beneficiação da igreja e capelas. Normalmente ocorriam pelo S. Miguel, altura das colheitas, estando envolvidas as várias povoações que faziam a recolha dos produtos agrícolas e organizavam grupos de marchas com um reportório actualizado, com o objectivo de integrar o cortejo de oferendas. Embora formalmente não houvesse concurso para selecção do melhor grupo, o mesmo surgia naturalmente em júri alargado da população em contexto de rivalidades saudáveis.
Estes cortejos constituíam verdadeiras escolas de música e dança, onde os mais talentosos em inspiração e criatividade eram os mestres ensaiadores, como sempre foi e é o caso de Arlindo Pinto Sequeira. Há 22 anos, com apenas 14 anos, deu nas vistas quando integrou um grupo de danças e cantares de Vinhós numa festa de recepção a um ministro da altura. Passados três anos, foi convidado para ensaiar um grupo que integrou um cortejo de oferendas da Paróquia de São Salvador de Resende. Depois de vir da tropa, com 25 anos, dirigiu um outro grupo que integrou um cortejo da mesma paróquia.
Com o 25 de Abril, a realização destas iniciativas foi esmorecendo, tendo acabado por desaparecer. Contudo, como a música e a inspiração para os versos lhe corriam nas veias, foi aguardando uma oportunidade para a formação de um grupo que respondesse ao perfil dos novos tempos. Este ensejo foi proporcionado no início de 1997 como desafio para integrar o Cortejo Etnográfico da Cerejeira em Flor, no qual estavam directamente envolvidas as várias Juntas de Freguesia, incluindo a de Resende da qual Arlindo Sequeira era Presidente, em substituição do elemento número um da lista. Nesse mesmo ano, tomou parte no desfile da Festa da Labareda, que fez sucesso pela encenação de tochas a arder, empunhadas por cerca de 50 elementos. A partir daqui, o entusiasmo nunca esmoreceu. O grupo constituído em 25-08-2004 como associação devidamente registada e com a actual designação. Até esta data, designava-se por Grupo de Danças e Cantares de Resende.

Reportório e actuações
A maior parte do reportório é constituído por marchas, integrando também viras, balsas e a chula. Ao contrário dos ranchos folclóricos e etnográficos, o Grupo Resende Em Marcha não procura recriar o passado nem dar vida a tradições que tiveram o seu tempo. Abarca temas tão variados como cantigas com pitadas de humor, atrevimento e malandrice (“O gato farfalhudo”), versos festejando o doce mais afamado do concelho de Resende (“O coro das Cavacas”) ou cantando a árvore e o fruto mais celebrizado da nossa terra (“Coro das Cerejeiras”), quadras celebrando os tempos passados dos barcos rabelos (“Somos rabelos”) e a história, tradições e a beleza das nossa encostas e aldeias (“Resende, tu tens encanto” e “Ó minha terra…”) até versos exaltando a nobre figura de Egas Moniz e os valores que sempre contribuíram para afirmação da nossa terra (“Cá vai Resende…”. Todas as músicas e letras são originais, à excepção do “Vira da Beira Alta” e “Coro das Cavacas” com inspiração em músicas já antigas.
Devido à qualidade e às suas características de animação, o grupo tem sido muito solicitado para festivais e outros eventos. Já actuou em programas de televisão, em Espanha e em diversas localidades do país (Lisboa, Barcelos, Lousã, Porto, Vila Nova de Foz Côa…).

Aqui há gato
Estas deslocações são pretexto de convívio, em que o imprevisto e o insólito também acontecem, como esta situação que sucintamente se descreve. Na saída para a Lousã, em 2002, estranhou-se o miar de um gato cujo som parecia sair das proximidades do porão das bagagens do autocarro. Quando pararam num café/restaurante, próximo da barragem da Aguieira, continuou a ouvir-se o mesmo som. O mesmo aconteceu quando chegaram ao destino, em Casal de Ermia (Lousã). Lembrando um gato agoirento, voltou a miar na mesma paragem da ida, junto da barragem da Aguieira. Aqui alguém se lembrou de fazer uma inspecção mais aturada à situação, tendo descoberto a origem de tal miar. Era mesmo um gato que se tinha refugiado no quentinho das longarinas do autocarro…

Perguntas e Respostas

Quem dirige e ensaia o grupo?
Continua a ser Arlindo Pinto Sequeira, actual presidente da Junta de Freguesia de Resende. Foi alfaiate, cumpriu serviço militar em Angola (1965-67), foi empregado d’ “Os Valentes”, trabalhou no Externato D. Afonso Henriques, vindo a terminar a sua carreira profissional na Escola Preparatória em 2002, onde exerceu as funções de auxiliar de acção educativa e ecónomo durante 26 anos. Com apenas a 4.ª classe e sem qualquer formação musical, é autor das letras e músicas de todo o reportório, que é enriquecido anualmente com uma nova cantiga.

Quantos elementos tem?
Cerca de 35/40, integrando executantes de diversos instrumentos musicais (acordeão, viola, reco-reco, bombo, pandeireta e ferrinhos), cantadores e vários pares dançantes.

Onde e quando ensaiam?
Inicialmente ensaiavam na Escola Preparatória, actual Escola Básica do 2.º Ciclo. Actualmente os ensaios decorrem às segundas-feiras à noite, num espaço da sede da Junta de Freguesia de Resende.

Que outras actividades desenvolve?
Desenvolve a aprendizagem de instrumentos musicais para jovens e organiza várias actividades de convívio, algumas das quais abertas à população (ceia de Natal, magusto de S. Martinho, sardinhada pelo S. João e passeio anual).

Contacto: Arlindo Sequeira, Telem: 917 393 926
*Apontamento escrito por Marinho Borges, publicado no Jornal de Resende, número de Outubro de 2009

segunda-feira, 15 de março de 2010

Homenagem e entrevista a D. Manuel Linda*

Emoções ante a nomeação para Bispo e facetas de uma vida
Os colegas padres da diocese de Vila Real e alguns leigos brincavam com ele sobre a hipótese de ser bispo. “Eram brincadeiras, mas não passavam disso”, como referiu à Agência Ecclesia a propósito do relato da vivência dos dias passados entre o telefonema da Nunciatura Apostólica e a data da sua nomeação, que ocorreu a 27 de Junho passado. No domingo anterior, dia 21, o seu e-mail (datado das 07h43m) tinha um pedido expresso: “ligar para determinado número da Nunciatura Apostólica”. Visualizou a mensagem pelas 22horas, tendo interpretado o que se estava a passar, mas não ligou nesse dia. Como tinha um serviço na manhã do dia seguinte, colocou o telemóvel em modo silencioso, mas “estava continuamente a receber chamadas de um número de Lisboa”. Liberto dos seus compromissos, ligou para o respectivo número cerca das 12h quando caminhava na rua. Embora admita que tenha ficado branco quando recebeu a notícia, o facto de ter lido o e-mail na véspera deu-lhe alguma calma. Seguidamente, fez tudo o que era possível para que nada transparecesse junto dos seus colegas, o que se revelou uma tarefa difícil, pois estava menos falador, não conseguindo concentrar-se devidamente nas tarefas dessa tarde. Como quem advinha, na tarde do dia 23, recebeu um telefonema da sua mãe, que lhe perguntou: “É verdade que vais para bispo?” Finalmente, no dia 24, deslocou-se a Lisboa para falar com o Núncio Apostólico, que contra a sua vontade lhe concedeu pouco tempo para dar uma resposta.
Como padre sempre usou gravata, desconhecendo o que fazer à respectiva colecção, referindo sempre com ar bem disposto que está disponível para oferecer algumas, embora a sua casa de Moumiz tenha muito espaço para as guardar. Passando em revista os seus passatempos e predilecções, refere que gosta muito de corridas de automóveis e já apreciou corridas de motocrosse. Embora vibre pela selecção e tenha sofrido com o futebol na adolescência, prefere não dizer o clube da sua preferência. No domínio da literatura portuguesa, os seus autores preferidos são Miguel Torga e José Régio. Embora confesse “ser um desastre na arte de pintar”, é grande apreciador de pintura e de arte sacra. Gosta de viajar, deslumbrando-se com os monumentos de referência, e de visitar museus. Influenciado pelo ambiente rural de Resende, sente-se tranquilo na natureza e no meio do arvoredo, apreciando sobremaneira os castanheiros e pinheiros.

Entrevista a D. Manuel Linda
Como nasceu o seu desejo de ser padre?
No meu caso, foi um processo lento e absolutamente normal. Aí por alturas da minha quarta classe, era dado assente na minha família que continuaria estudos depois da Escola Primária, como então se dizia. Só faltava saber onde: no Seminário, no Externato de Resende ou no Liceu de Lamego. Chegou-se a pensar nesta última hipótese, pois tinha duas primas no então muito célebre Colégio da Imaculada Conceição. E a ida para essa cidade sempre dava um certo «estatuto».
Curiosamente, as circunstâncias da vida haveriam de me encaminhar para o Seminário de Resende. E, uma vez aí, fui «seguindo». Via que, à medida que os estudos avançavam, alguns colegas desistiam. E quando se tratava de amigos mais chegados, isso «mexia» comigo. Mas nunca vi razão para eu também sair. Pelo contrário: gostava de estudar e sentia-me bem nesse ambiente. A partir da passagem para o Seminário de Lamego, naquilo que hoje seria a transição do Ensino Básico para o Secundário, aí sim, comecei, gradualmente, a colocar a hipótese sacerdotal, cada vez com maior seriedade.

Quem e que circunstâncias o influenciaram para entrar no Seminário?
Dois rapazes de Moumiz, irmãos, ligeiramente mais velhos que eu, frequentavam o Seminário Missionário de Felgueiras (Minho). Nas férias, eu brincava muito com eles. Achava-os diferentes, com um porte distinto. E, sem me dar conta, comecei a identificar-me com a maneira de ser deles. E decidi mesmo que haveria de ir estudar onde eles andavam. Só havia um problema: é que, com o nome de Felgueiras, eu só conhecia a freguesia vizinha, também deste Concelho de Resende. Donde, aliás, ainda me provinham algumas raízes por parte do meu pai.
Fui dizer à minha mãe que já tinha decidido ir com o Joaquim e com o Alfredo –tal era o nome desses colegas de brincadeira. Mas a minha mãe, de forma bem prosaica, sentenciou: “Se queres ir para o Seminário, tens um aqui na nossa terra. Não precisas de ir para tão longe”. E mandou-me falar com o saudoso Padre Manuel Vieira, meu padrinho de Crisma, nessa altura Pároco de Paus. Lá fui. Ele fez o requerimento ao Seminário, fui a estágio, admitiram-me e… e aí está a normalidade do meu percurso.
Como vê, perdeu-se uma vocação missionária e ganhou-se uma diocesana…

Que importância tem tido, no seu percurso de vida, Moumiz, Paus e Resende?
Posso afirmar-lhe que constitui a minha identificação, as minhas raízes, uma espécie de alma cultural ou fisionomia interior. Por isso, sinto-me bem aqui. Falo com quem me aparece à frente. E falo com as pessoas do povo com tanta – ou maior! - naturalidade como quando tenho de me relacionar com «gente importante»: Ministros, Cardeais, Governadores Civis, Professores, etc. E gosto de fazer o que elas fazem, mesmo nas colheitas e outros trabalhos do campo.
Em poucas palavras: este ambiente onde nasci concede-me naturalidade face a um estilo de vida, típico da actual cultura de massas, que corre o risco de se tornar meramente balofa, de ser puramente artificial. Onde está verdadeiramente a vida: num jantar de gala ou numa flor de cerejeira que desponta?

Costuma vir muitas vezes à nossa terra? Que mais o atrai?
Quase sempre semanalmente. Aliás, devo dizer-lhe que, não obstante ter o tempo mais ocupado, agora consigo vir cá mais vezes do que no passado. Será que o passar dos anos nos faz regressar às raízes? Talvez… Mas isso não será a prova de uma sensata sabedoria que nos leva a valorizar as coisas boas e simples da vida, sabedoria essa que faltava quando éramos novos?
Obviamente, para lá do encanto da terra, a grande razão de cá vir são os meus pais. De resto, a casa paterna continua a ser o local aglutinador dos encontros de toda a família: irmãos, cunhadas e sobrinhas. Graças a Deus.

Como avalia a homenagem de que foi alvo?
Como disse em Paus, as acções promovidas pela Paróquia e pela Câmara sensibilizaram-me muito e até me «confundiram». Eu já sabia que as pessoas eram amigas e que se sentiram felizes por um conterrâneo ser eleito bispo, função que, mesmo nos dias de hoje, ainda supõe bastante destaque social. Mas que me tratassem como estão a tratar… isso é que eu não esperava.
Mas há uma coisa que me gera um certo constrangimento interior: que se fale em «homenagem». Homenagem? A mim não. Se for à Igreja, em cujo seio todos nos acolhemos… isso já é outra coisa. Eu prefiro falar em confraternização ou alegria pelas novas funções que me são atribuídas.

Quer dirigir alguma mensagem aos leitores do Jornal de Resende?
Para além de agradecer as manifestações de júbilo e simpatia que me dedicam, três coisas. Quanto à ordenação, dizer que será a 20 de Setembro, na igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Real, às 16 horas. Se alguém quiser participar, seria uma alegria para mim.
Quanto ao aspecto religioso, apelar aos resendenses que tenham a coragem de manter a fé recebida. Mais que nunca, continua a ser verdade que o homem não vive só de tecnologias, mas precisa de sentido para a vida. Ou, como diria o mestre, que “nem só de pão vive o homem”.
Finalmente, um incentivo à criatividade económica e ao desenvolvimento integral. A nossa terra é mimosa, mas não é rica. Com excepção da cereja – e mesmo esta fica caríssima na apanha - não podemos competir em nada. Então, vamos lá ver se conseguimos criar investimento – pequenas indústrias ou turismo, por exemplo - que gere emprego e favoreça a fixação das populações, mormente os jovens. Se não, teremos cada vez mais uma terra… desertificada. Ou mesmo completamente deserta. A começar por Paus.
Aqui está uma espécie de desafio colectivo para sermos dignos da nossa história multissecular tão rica.

Homenagem pública da Paróquia de S. Pedro de Paus e da Câmara Municipal
D. Manuel Linda assumiu sempre que nada fez para ser homenageado e que via esta iniciativa como um momento de confraternização, de alegria e de acção de graças dos seus conterrâneos por um dos seus filhos ser elevado ao episcopado. A iniciativa partiu do Padre António Loureiro, pároco de Paus, tendo sido desenvolvida em parceria com a Câmara Municipal de Resende que a apoiou e comparticipou financeiramente, assim como a Junta de Freguesia de Paus.
O programa incluiu uma sessão no Auditório Municipal, no dia 22 de Agosto, que foi iniciada com a actuação da tocata do Rancho de Paus, e que teve como ponto alto uma palestra subordinada ao tema “O Bispo na Vida e na História da Igreja”, proferida pelo Cónego João António Pinheiro Teixeira. D. Manuel Linda agradeceu a presença de todos, referindo que a sua ligação a Resende é genética. “Nota-se pelo timbre de voz e pelo sibilar da pronúncia, que nunca fiz por alterar. É a voz de Resende; é a minha certidão de identidade”, afirmou. O Presidente da Câmara interveio também para manifestar a grande alegria e orgulho dos resendenses pela elevação de um dos seus filhos ao episcopado, tendo afirmado “ser este um momento de grande privilégio para a comunidade de Resende”.
No dia 23 de Agosto, domingo, pelas 17h, foi concelebrada uma missa solene no recinto da sede do Rancho de Paus, presidida pelo Bispo de Lamego, D. Jacinto Botelho, a que se associaram 20 sacerdotes, tendo sido abrilhantada por um coro litúrgico de 15 elementos. Foi uma tarde de grande emoção para todos os participantes na cerimónia e sobretudo para D. Manuel Linda, que disse estar confundido com tantas manifestações de carinho dos seus conterrâneos, tendo agradecido a oferta do anel episcopal em ouro maciço por parte da paróquia de Paus e da Câmara Municipal.
O júbilo e apreço dos seus conterrâneos ir-se-ão repetir em 20 de Setembro, dia da ordenação episcopal, que terá lugar na igreja de Nossa Senhora da Conceição (Vila Real), com início às 16h.
*Apontamento e entrevista conduzida por Marinho Borges, publicados no Jornal de Resende (número de Setembro de 2009)

quinta-feira, 4 de março de 2010

Relato do Encontro Missionário nos Seminários de Resende e Lamego*

Nos passados dias 02 e 03 de Dezembro, à tardinha, os missionários da Boa Nova, PP. Francisco Leitão e Tomás Borges, estiveram nos Seminários de Lamego e de Resende para um contacto missionário, constando de um tempo de comunicação aos jovens seminaristas e de uma projecção de testemunhos vindos dos nossos campos de trabalho em Moçambique e de um outro tempo forte vivido na Eucaristia.
Fomos extremamente bem acolhidos, quer no Seminário Maior, pelo aluno de Teologia Soares e, de imediato, pelo Vice – Reitor, P. José Fernando (o Reitor, P. Paulo Alves, a quem tinha dirigido a solicitação, estava ausente), quer no Seminário de Resende, pelo Vice – Reitor, P. António José e pelo P. José Manuel.
Dia 02, encontrámos no Seminário de Lamego 12 alunos de Teologia, que nos pareceram jovens determinados a seguir a vocação sacerdotal e missionária – já que todo o sacerdote é missionário – vindo a saber que havia mais cinco Diáconos a estagiar em várias paróquias da Diocese e também um, o Diácono André, no Seminário de Resende, onde está a realizar um belo trabalho na formação dos mais pequenos. Dei graças a Deus e congratulo – me com os seus formadores pelo elevado número de seminaristas maiores numa Diocese geograficamente pequena. A explicação que encontro é que a nossa Diocese é das mais antigas do país com uma forte tradição cristã (basta lembrar a igreja de S. Pedro de Balsemão, do século VI, uma das mais antigas, se não a mais antiga igreja de toda a Peninsula Ibérica); tem sido assistida por padres piedosos e dedicados; rezava – se muito e, porventura, ainda se reza bastante; o secularismo não tem penetrado; e, finalmente, os dois Seminários têm sido orientados por equipas idóneas e bem preparadas. Os seminaristas mostraram – se abertos e colaborantes, embora o tempo fosse escasso, e alguns deles tivessem de apresentar provas académicas no dia seguinte.
Dia 03, no Seminário de Resende, fomos encontrar 39 adolescentes e jovens do 7º ao 12º ano, com a alegria e vivacidade próprias destas idades. Remeti – me imediatamente para os meus tenros anos de seminarista, em que enchíamos a capela, o salão de estudo e o refeitório. O esquema que usámos em Lamego, adequámo – lo a esta situação um pouco diferente. Aqui, a mensagem teria que se revestir de uma tónica mais alegre e comunicativa. Até fomos capazes de tocar e cantar melodias moçambicanas, levando – os a serem activos connosco; e o mais curioso é que até dançámos ao jeito africano. Foi mesmo festa. E a festa continuou, a um outro nível, na Eucaristia que se lhe seguiu. Foi belo ouvir todos aqueles jovens cantarem os louvores de Deus acompanhados por um excelente organista. Tentámos semear neles a sensibilidade e o entusiasmo missionários que, como cristãos e futuros padres, devem viver e testemunhar. Que o Senhor da messe os abençoe e ajude.
Como missionário pertencente à Diocese de Lamego, partilhei em ambos os seminários as excelentes relações que sempre houve entre os missionários da Boa Nova (em tempos idos, missionários de Cucujães) e a nossa Diocese, na área da espiritualidade. Recordo perfeitamente de ter ido, como seminarista, ao Seminário de Resende, visitar dois superiores meus que, em anos diferentes, se encontravam a orientar um retiro espiritual. Mas havia reciprocidade. Lembro – me de ter participado num retiro, no nosso seminário de Cucujães, pregado por D. Alberto Cosme do Amaral, ao tempo Director Espiritual. Há pouquíssimos anos, o P. Jerónimo Nunes, então Superior Geral da Sociedade, orientou um retiro aos seminaristas de Lamego. Estou convencido, embora não possa afirmar, que o nosso santo Director Espiritual do Seminário de Cucujães, P. Manuel Moreira Campos, cuja biografia descrevi num pequeno livro com o titulo “Um Homem de Deus” e que recomendo neste Ano Sacerdotal, deve também ter ido a Lamego ou Resende orientar algum retiro.
Mormente nos últimos anos, tenho assistido com muita satisfação a uma grande abertura e vivência missionárias por parte da nossa Diocese. Além do P. José Guedes, nosso missionário actualmente na Zâmbia, saído do Seminário de Lamego directamente para a Sociedade Missionária, recordo as experiências missionárias efectuadas com os nossos missionários pelo P. Luciano em Angola e Moçambique, e pelo Padre José António Rodrigues, meu vizinho na paróquia de S. Pedro de Paus e pároco de Penedono, o ano passado, 2008, na periferia de Maputo, capital moçambicana. Sei que o P. José Fernando, Vice – Reitor de Lamego, passou também um mês em Moçambique. O Director Espiritual de Resende e Secretário diocesano das Missões, Cón. Manuel Leal, desejava, enquanto seminarista, seguir a vida missionária, mas depois deparou – se com algumas dificuldades para poder avançar. O Vice – Reitor de Resende, P. António José, contou – me que ele e outros seminaristas participavam com o saudoso P. Manuel Vieira Pinto, meu antigo pároco em Paus, nas Jornadas Missionárias em Fátima. Obviamente, este clima missionário não poderia acontecer sem a anuência e o impulso dados pelos nossos Bispos, nomeadamente, D. Jacinto Botelho.
Dou graças a Deus pela Diocese a que pertenço e peço ao Senhor da messe que continue a reavivar a sensibilidade missionária e a chamar os que Ele quer.
*P. Tomás Borges, SMBN

quarta-feira, 3 de março de 2010

Associação de Caçadores das Quelhas organizou mais uma montaria*

O que é uma montaria?
Na caça de montaria os caçadores aguardam, em local previamente definido, para capturar os respectivos animais, designadamente javalis e veados, levantados e perseguidos por matilhas (de cães) devidamente treinados. A sua organização pressupõe o estudo prévio da área (mancha), que deverá ser soalheira (virada a sul), porque os animais são sensíveis à temperatura e à chuva, e ser constituída por vegetação preferencialmente espessa e densa, já que a mesma oferece condições de abrigo e protecção aos possíveis alvos a abater. Importa encontrar terrenos onde se encontrem indícios de que aí descansam e encamam as respectivas reses. A partir deste levantamento, convém que os organizadores mantenham a área no maior sossego, fazendo aí chegar comida.
Escolhida a mancha é definida a localização das diferentes portas por onde irão ser distribuídas os caçadores/monteiros. O seu número irá depender da área abrangida. Em regra, é habitual distanciar os postos entre os 50 e 100 metros uns dos outros, devendo ter-se em conta os desníveis do terreno e os acidentes naturais. Acima de tudo, importa acautelar a segurança, que implica condições de visibilidade do camarada do lado, que poderá estar na mesma linha de tiro.
Neste processo de caça, a acção das matilhas é fundamental para que os javalis avancem no terreno, propiciando aos caçadores fazer o gosto ao gatilho. Cada matilha é constituída por cerca de 25 cães, estando o número de matilhas dependente das características do terreno e da densidade e altura da vegetação, exigindo-se um número menor quando a mancha é plana e o coberto vegetal menos denso.
O fim da montaria é anunciado normalmente pelo lançamento de um foguete. Por sua vez, a sinalização das reses abatidas é feita pelos postores (caçadores/pessoal encarregado de conduzir os monteiros às respectivas portas de cada armada e efectuar no fim a recolha dos mesmos). Estes colaboram com os caçadores na colocação das reses perto de um caminho ou aceiro, para que possam ser carregados por veículos até ao destino. A montaria termina com o almoço convívio e leilão dos animais abatidos.

A última montaria a par e passo
As pré-inscrições, que ocorreram nas semanas anteriores, andaram à volta de uma centena de interessados, o que permitiu estabelecer uma mancha de território adequada para o efeito e oferecer um número de portas correspondentes à procura. A área seleccionada, onde costumam abundar bastantes javalis, estendeu-se pelas encostas de Fazamões, Origo, Forjães, Pena, Moumiz e Barraca. As inscrições começaram por volta das 08h00 na sede da associação e terminaram às 09h45, tendo atingido o número recorde de 112. Entretanto, em pequenos grupos, no local onde em tempos brincaram tantas crianças da escola, recordavam-se façanhas de caçadas passadas e projectavam-se estratégias para a montaria que se aproximava, à volta das brasas dos grelhadores, onde se iriam aprontar as carnes para o taco (refeição da manhã). O repasto, abundante e variado, adequado para responder aos esforços das lides “guerreiras”, teve início às 10h00, tendo-se prolongado até às 10h45. Pouco depois, teve início uma palestra no largo do antigo recreio da escola, onde foi apresentado o Director da Montaria, Eng. José Miguel Maia, que saudou os participantes, e na qual também o Prof. Adérito Lopes relembrou os cuidados a ter e as medidas de segurança a observar durante a caçada. Seguidamente, foi apresentado o resultado do sorteio das portas, cujos números estavam previamente distribuídos e agrupados por treze armadas, tendo sido apresentados os respectivos responsáveis/postores. A estes foram disponibilizados dois cartazes, onde estavam inscritos o número da armada e os números das portas, para serem colocados à frente e atrás da sua viatura, a fim de que a mesma pudesse ser facilmente identificada e seguida pelos elementos da armada na deslocação para a respectiva mancha. Depois de resolvida a questão do transporte e do número de viaturas necessárias, as armadas saíram de Barrô quando o relógio marcava 11h30. Uma hora depois, todos os participantes estavam devidamente instalados nas respectivas manchas, iniciando-se a batida pelas sete matilhas, cujos efeitos se fizeram sentir pouco depois com os primeiros tiros a troarem pelo vale.
Integrei, como espectador, a armada do presidente da associação organizadora, Arlindo Manuel Pinto, que após ter deixado os respectivos monteiros nas portas que lhes couberam em sorte na zona de Fazamões, teve a amabilidade de me transportar até junto da Barraca, para me deixar na porta do Prof. Adérito Lopes, onde, à semelhança do ocorrido em anos anteriores, iriam desembocar quase de certeza vários javalis. Ouviram-se de facto muitos tiros. À nossa frente passaram os cães em batida. O Prof. Adérito chamou-me a atenção para um grande javali que passava nos montes por cima de Fazamões, mas junto a nós não passou nenhum. À medida que os tiros se iam ouvindo, ia fazendo previsões do resultado das operações, apontando para o abate de oito a dez reses. O seu telemóvel não parava de tocar, funcionando como uma verdadeiro terminal de notícias. Por volta das 15h30, estava terminada a montaria.
Regressei na viatura de Arlindo Pinto, que denunciava optimismo e boas perspectivas quanto aos resultados da caçada. O seu telemóvel não parava de tocar. E cada chamada aumentava a torrente do seu entusiasmo. Parámos abaixo do monte de S. Cristóvão, pois tornava-se necessário verificar a situação de um javali aparentemente ferido ali por aquelas bandas. Ainda foram chamadas duas matilhas, mas nada foi detectado. Prosseguimos viagem, recolhendo junto de Fazamões os elementos da armada. Chegados à sede da associação, constatámos que já lá se encontravam as reses abatidas, em número de nove. Mas, pelas conversas que se iam desenrolando, foram vistas cerca de uma vintena.
Pelas 18h00, teve lugar uma refeição retemperadora, onde se contaram as peripécias da caçada e se deu largas ao convívio. No final, já no exterior, teve lugar o leilão dos nove javalis ali expostos, cujos preços oscilaram entre os 120 e os 225 euros. Seguiu-se ainda o sorteio, numa oferta de uma firma especializada em artigos de caça, de vários vales de desconto e roupa de caçador. O fim deste convívio terminou já depois das 20h00.
Endereço uma palavra de agradecimento ao presidente da direcção da Associação de Caçadores das Quelhas pela oportunidade que me deu de acompanhar este evento, que trouxe ao nosso concelho caçadores de Lamego, Castro Daire, Cinfães, Régua, Gondomar, Alfena e de outros municípios do Grande Porto. Refira-se que a montaria contou com o apoio, além dos Bombeiros Voluntários de Resende, da Câmara Municipal de Resende e das Juntas de Freguesia de Barrô, Penajóia, Samodães, S. Martinho de Mouros, S. João de Fontoura e Paus. Parabéns à organização pelo modo como tudo foi delineado, o que permitiu uma grande caçada e uma inesquecível jornada de convívio.

Endereço
Associação de Caçadores das Quelhas
Lugar do Crucial/Barrô 4660 – 037 Resende Telef. 918 775 302 e 939 320 734
*Notícia elaborada por Marinho Borges e cuja 2.ª parte (com o sub-título A última montaria a par e passo) foi publicada no Jornal de Resende (número de Fevereiro de 2010)

CASA DE RESENDE EM SINTRA: EMBAIXADA DO NOSSO CONCELHO NA GRANDE LISBOA*

Festa da cereja em Sintra
Como vem sendo hábito, a Casa de Resende em Sintra organiza anualmente a festa da cereja no fim de semana seguinte à que se realiza na sede do nosso concelho, que neste ano teve lugar nos dias 6 e 7 de Junho. Este evento não pôde contar com a presença da Vereadora da Cultura, Prof. Dulce Pereira, tendo em conta a data ser coincidente com a realização das eleições para o parlamento europeu. Pelo mesmo motivo, não foi concretizada a deslocação prevista do Grupo de Danças e Cantares “Os Moleiros de Cárquere”. Esta festa pretende dar a conhecer os nossos produtos e valores culturais, funcionando como a comemoração do “Dia de Resende” na região da Grande Lisboa.
Na quinta-feira, dia 4 de Junho, saiu de Sintra um conterrâneo com uma camioneta de mercadorias rumo a Resende para adquirir cereja, cavacas, pão, vinho e compotas do concelho e outros produtos da região como doce da Teixeira, presuntos e enchidos. Na madrugada de sábado, dia 6, dava entrada no recinto da sede do Sporting de Lourel, pertencente à freguesia de Santa Maria e S. Miguel, nos arredores de Sintra, vindo carregada com 1 000 kg de cerejas, 120Kg de cavacas, 80Kg de doce da Teixeira, 200kg de presuntos e enchidos e outros mimos. Pelas 9h, abria a feira com sete expositores/postos de venda em que a cereja, vendida em embalagens de 2Kg, era a rainha. Apesar do tempo não ter ajudado, com a chuva e o vento a obrigarem à interrupção das vendas, a partir das 10h50 já não havia cerejas para os numerosos interessados que continuaram a afluir durante o dia ao certame. Refira-se que, no ano passado, a organização adquiriu 3 000Kg a produtores de Resende, aparentemente parecendo apresentar-se em boas condições, o que não se verificou no acto de venda, pois muita apresentava-se estragada, tendo sido inutilizados cerca de 500kg . Por precaução, este ano a organização resolveu encomendar apenas 1 000Kg. Felizmente, a situação do ano passado não teve repercussões a nível da procura e da afluência do público.
Às 13h00, as cerca de 50 pessoas da organização juntaram-se na sede do Clube de Lourel para um merecido almoço de convívio, regado com tinto de Anreade.
No final da tarde de sábado, todos os produtos tinham sido vendidos, à excepção de algumas peças de artesanato, vindas de Resende ou feitas por residentes em Sintra, como bordados.
No domingo às 9h30, teve início a missa campal, abrilhantada pelo Grupo Coral da Casa do Concelho de Resende. Às 12h30, teve lugar na sede do Sporting Clube de Lourel um almoço para o qual se inscreveram cerca de 300 pessoas, naturais de Resende e/ou familiares e amigos, incluindo representantes da Câmara Municipal de Sintra (o Dr. Fernando Seara, presença habitual, não pôde estar presente por causa das eleições) e da Junta de Freguesia de Santa Maria e S. Miguel. A tarde foi preenchida com a actuação do Rancho folclórico “Os Saloios de Dona Maria” de Sintra e com um baile animado pelo Conjunto LT.
“Cisma” entre conterrâneos
Em 1-05-1993, foi criada a Associação Operária dos Naturais do Concelho de Resende, com sede em Lisboa, com a pretensão de representar e congregar os nossos conterrâneos a viver e a trabalhar na região da Grande Lisboa. Conforme a designação claramente sugere, esta associação nasceu muito conotada partidariamente, o que levou a que nunca tivesse sido um factor de aproximação entre os resendenses, a maioria dos quais nunca se reviu nesta entidade. Tendo em conta o grande número de conterrâneos a residir no concelho de Sintra, esta associação criou um núcleo na Várzea de Sintra, mas não conseguiu grande adesão. Numa reunião aqui realizada em 2000, foi proposta a dissolução da mesma e a criação de uma outra, com uma designação abrangente, com o objectivo de congregar todos os resendenses a residir em Lisboa e concelhos limítrofes, mas tal intento, embora aceite na altura, não se veio a concretizar.
Perante este “cisma”, os conterrâneos a viver em Sintra tomaram a iniciativa de criar uma outra associação, designada Casa do Concelho de Resende, cuja escritura foi efectuada em 10 de Agosto de 2001. Ainda se efectuaram diligências para a realização em Sintra de uma reunião com “os irmão desavindos” de Lisboa, mas estes, segundo consta, puseram a correr o boato de que os aderentes a esta iniciativa seriam possivelmente corridos à pancada.

Objectivos e actividades desenvolvidas pela Casa do Concelho de Resende em Sintra
Tendo o nosso concelho como centro aglutinador e pólo abrangente, esta associação prossegue os seguintes objectivos: i) divulgar os valores artísticos e sócio-económicos de Resende; ii) realizar exposições e encontros para preservar os costumes e tradições do concelho de Resende; iii) colaborar com entidades que possam contribuir para o engrandecimento e projecção do concelho de Resende; iv) colaborar com pessoas singulares, colectivas e Juntas de Freguesia e Câmara Municipal no desenvolvimento do concelho de Resende; e v) promover actividades de modo a proporcionar a reunião e convívio dos associados.
O grande evento anual é a festa da cereja, como foi referido logo no início. Há, contudo, outras iniciativas. A começar, logo no início de cada ano, pelo cantar das Janeiras, com canções do nosso concelho, ao Presidente da Câmara Municipal de Sintra e aos associados e amigos da Casa de Resende. No primeiro trimestre, realiza-se o tradicional baile da pinha. Uma outra actividade costuma ser a organização de um passeio anual. Há ainda a festa convívio de S. Martinho, com almoço, castanhas e água-pé, que no presente ano terá lugar no dia 8 de Novembro. A direcção realiza também uma festa de Natal para os filhos dos associados, com um espectáculo, distribuição de prendas e lanche, que está programada para 6 de Dezembro. A tradicional festa de passagem de ano fecha o ciclo das actividades.

Construção de uma sede
A Casa do Concelho de Resende tem um acordo com o Sporting Clube de Lourel, que lhe permite a utilização de uma pequena dependência das suas instalações, mediante o pagamento de uma pequena renda mensal, e a utilização de uma cozinha e espaço adjacente, onde decorrem os almoços/convívios e espectáculos.
É aspiração da direcção da Casa dos resendense e amigos a construção de uma sede. Graças aos bons ofícios de Manuel do Rosário, um empresário de sucesso, natural de Anreade, foi cedido, em 2005, pela Câmara Municipal de Sintra, um terreno para este fim com 1 800m2. Em Maio de 2008, foi entregue um projecto, que não foi aprovado por não enquadrar as condições estabelecidas para o local. Em Junho passado, deu entrada na Câmara Municipal de Sintra um novo projecto de arquitectura, que se espera que obedeça aos parâmetros estipulados.

Perguntas e respostas

Quem é o presidente da Casa de Resende
É Joaquim Pinto, nascido em Cárquere em 1949, que veio para Sintra com 7 anos com os pais e quatro irmãos. Foi funcionário do Tribunal de Sintra desde os 14 anos até à inspecção militar. Após o serviço militar, trabalhou durante 6 anos na fábrica de máquinas de escrever Messa. Posteriormente, integrou os órgãos directivos de uma cooperativa de habitação até 2003, onde granjeou experiência na área, tendo posteriormente estado na origem de uma empresa de construção civil, entretanto extinta, devido ao insucesso da iniciativa. Para refazer a vida, foi taxista, sendo actualmente condutor de uma carrinha de transporte de crianças. No meio desta vida agitada e de grande amor a Resende, foi autarca da Junta de Freguesia de S. Martinho (Sintra).

Quantos sócios tem?
Cerca de 300, que pagam uma quota anual de 10 euros. Refira-se que podem ser associados todos os naturais e amigos do concelho de Resende, seus descendentes e qualquer outro familiar e ainda as Juntas de Freguesia. As Câmaras Municipais de Resende (que subsidia a festa da cereja) e Sintra são sócias honorárias.

Possui algum organismo cultural?
Sim. Um grupo coral, subsidiado pela Câmara Municipal de Sintra, constituído por 40 elementos, sendo o reportório maioritariamente composto pelo cancioneiro do concelho de Resende, cujos ensaios têm lugar às sextas-feiras.

Tem promovido iniciativas de ligação ao nosso concelho?
O programa da festa anual da cereja prevê a vinda de um rancho, banda de música ou grupo de danças e cantares do nosso concelho. Por sua vez, as comemorações do 3.º aniversário do grupo coral decorreram em Resende com actuações no Largo da Feira e um almoço. Um dos objectivos de Joaquim Pinto tem sido divulgar a Casa de Resende e estabelecer parcerias com as Juntas de Freguesia do concelho de Resende, tendo chegado a marcar reuniões com os respectivos presidentes, mas sem sucesso.

Decorre alguma campanha de angariação de fundos para a construção da sede social?
Sim. O dinheiro recolhido no âmbito das várias iniciativas (cantar das Janeiras, bailes, festa da cereja…) é para esta iniciativa. Quem quiser colaborar poderá depositar o respectivo donativo na Caixa Geral de Depósitos (NIB: 003507860006276693048).

Endereço
Casa do Concelho de Resende
Estrada Nacional N.º 9 ao Km 17 – RAL – 2710 Sintra
Telef. 219 233 370 Fax: 219 235 369
*Apontamento de minha autoria, publicado no Jornal de Resende (número de Julho de 2009)
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