sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Novo Hospital de Proximidade de Lamego: 40 milhões de euros; 9.000m2 de área útil; 80.000 pessoas e...

e não tem uma cama para internamento de doentes agudos.
Tem que ser assim? Não é possível fazer melhor? Não é possível fazer mudar isto?
Caro Cidadão…
…De Lamego e/ou destas terras do Douro Sul, que recebeu esta informação
:

Aceite o desafio para abraçar esta causa pública, de pura cidadania (que é uma causa de todos nós) E HÁ-DE APARECER ALGUÉM CAPAZ DE LHE DAR ROSTO, CORPO E ALMA.


Nota – Este documento não representa nenhum movimento organizado (uma vez que ele ainda não existe). Apenas pretende apresentar um problema, fornecer conteúdos que podem ser replicados, informar as pessoas e, se estas o entenderem, promover o aparecimento de medidas que contribuam para a sua resolução. Tudo isto resguardando o mensageiro… se concordar.

HOSPITAL DE PROXIMIDADE DE LAMEGO (HPL)

Factos MUITO PREOCUPANTES, decorrentes do programa funcional do HPL
Ideias principais
:
a) O novo hospital de Lamego não vai ter qualquer cama de internamento para doentes agudos, nem mesmo na área da Medicina.
b) Qualquer destes doentes que precise de ser internado tem que ser remetido para Vila Real.
c) As 30 camas que o novo hospital terá e que estão previstas no programa funcional, são camas de convalescença/cuidados continuados, quer dizer, camas para receber doentes após o internamento agudo (em Vila Real). Estas 30 camas de cuidados continuados são da Rede Nacional de Cuidados Continuados, têm critérios bem definidos por Lei, e apenas uma reduzida percentagem de doentes da área da medicina tem indicação para aí serem admitidos, como é o caso de um ou outro doente com um AVC de recuperação rápida. Por ex. nos últimos 2 anos, já com o centro hospitalar a funcionar em rede com as 4 unidades hospitalares, os doentes agudos internados na medicina foram, em média, 1450 por ano e, destes, apenas tiveram indicação para a convalescença 2,3%. Não é destes doentes que vão para os Cuidados Continuados que estamos a tratar nem são estes que nos preocupam, porque são e serão sempre uma muito pequena minoria.
d) O serviço domiciliário e o hospital dia não substituem o internamento de doentes agudos. São serviços complementares para serem utilizados por doentes que necessitam de tratamento hospitalar mas não necessitam estar internados (hospital Dia por exemplo para fazer curativos, administração de fármacos) e para os que necessitam tratamento enfermagem após alta hospitalar (cuidados domiciliários.). Para os doentes agudos, que têm que estar internados, e quem o decide é o médico e não o gestor ou o politico, este doente precisa de uma cama hospitalar para se deitar.
e) O Serviço de Medicina está quase sempre “cheio” de doentes (média de idades superior a 70 anos) com patologias/diagnósticos que requerem efectivo internamento em unidade de agudos, sem critérios para a convalescença (como se pode observar nos dados estatísticos e médicos) e não patologias que podem ser tratadas no âmbito da Convalescença, como por exemplo AVCs em fase aguda, Insuficiências cardíacas descompensadas, pneumopatias, Insuficiencias hepáticas descompensadas.
f) O hospital de proximidade de Lamego é o único no país que não tem camas para internamento de agudos pois outros hospitais de proximidade, posteriormente agendados, já têm camas e muitas, nomeadamente Barcelos (97 camas) e Amarante (60 camas), aqui bem perto. Outros mais haverá... Nestes casos, apesar de o modelo organizacional inicial ser o mesmo que o nosso, foi possível proceder a alterações e colocar camas para internamento de agudos, por força das Instituições e sociedade locais. Pelos vistos, continuam a existir Portugueses de primeira e de segunda…
g) Pelo que se conhece, os técnicos de saúde/médicos do CHTMAD e Direcção Clínica defendem que Lamego precisa de ter camas de internamento. Porém, por decisão/critérios políticos, esta opinião técnica não tem sido considerada.
h) Como se referiu, só o serviço de Medicina do actual Hospital de Lamego tem tratado entre 1400 e 1500 doentes, por ano, com taxas de ocupação de tal forma elevadas (na casa dos 100%) que as 45 camas de que dispõe não são suficientes e, frequentemente, é preciso deslocar doentes da Medicina para Cirurgia ou Ortopedia (diminuindo a capacidade operatória e aumentando o risco de infecção hospitalar).
i) A breve prazo é preciso tomar uma decisão sobre estes doentes e, se nada se alterar, passarão a ser remetidos para Vila Real onde já não existem camas suficientes para as necessidades existentes, quanto mais para receber este aumento significativo, de um número que tem vindo a crescer e dificilmente será menor.
j) As pessoas desta cidade e desta região sabem isto? Estão conscientes das dificuldades que isto acarreta? Merecem isto? Aceitam este modelo, imposto, como se não houvesse alternativa? Um hospital que custa 40 milhões de euros aos contribuintes e não tem uma cama para internar as 80.000 pessoas desta região?
k) Os políticos e as Instituições ainda não conseguiram resolver este problema. Agora, sobra e há que tentar uma réstia de esperança. Tentar que isto seja uma causa de cidadania/municipalidade e que a sociedade civil seja capaz de se organizar para melhorar este modelo de hospital. E há certamente muita gente que se pode interessar e ajudar: Os jornais e os jornalistas (há-de os haver que gostem da sua terra), os jovens “faceboock”, os jovens “Deolinda”, os jovens dos blogues e dos SMS (onde estão?), a Liga do Hospital, a Igreja (pilar visível? alicerce enterrado? desta sociedade), as escolas, os grupos de jovens dos 8 municípios, os escuteiros, os bombeiros, os centros de saúde, as farmácias, as pessoas já aposentadas e com valor e tempo disponíveis. Até as “JOTAS” partidárias poderiam dar as mãos num exemplo único de interesse público supra partidário e em prol de uma região que vai perdendo coisas… há anos a esta parte. Onde estão os JOVENS defensores de causas e de valores solidários. Os jovens capazes de mudar o mundo?
l) Esta é uma causa de cidadania. Não é contra ninguém, é a favor da cidade e da região que deve reclamar o direito de ter algumas camas hospitalares para “deitar” os seus doentes. Este modelo de organização hospitalar não é intocável ou infalível e pode ter alternativas para assegurar estas camas. BASTA (fazer) QUERER
m) Parafraseando Marisa: Ó gente da minha terra, … esta tristeza que eu sinto, foi de vós que a recebi. É PRECISO MUDAR ESTE FADO. Acabar com esta tristeza, esta passividade e este fatalismo que nos tolhe, nos acomoda e nos mata devagarinho…

OUTROS DADOS

1 - Perspectiva Histórica
Em 2006, o Hospital de Lamego, com projecto e construtor já seleccionado foi “cancelado” in-extremis e, de seguida, foi imposto este Hospital de Proximidade Lamego (HPL) com uma missão, estrutura e programa funcional muito diferentes do que existia. Este programa funcional mantém-se inalterado até à presente data e não se prevê vir a ser alterado, apesar de várias opiniões e posições contrárias.
Entretanto já encerrou a Maternidade e a Pediatria, já se enviam os doentes agudos para operar em Vila Real, já se reduziram camas na Medicina e área cirúrgica e há-de seguir-se o resto até ficar apenas o que está previsto no programa funcional.
Se em relação à Maternidade e Pediatria (grandes perdas já concretizadas) se pode argumentar com taxas de ocupação dos serviços bastante reduzidas e com uma perspectiva de diminuição do número de nascimentos e crianças, entre outros…, relativamente aos idosos/adultos, a perspectiva é diametralmente oposta: o Serviço de Medicina está quase sempre “cheio” e tem vindo a aumentar o número de doentes tratados.
Prevê-se que o HPL esteja pronto antes do fim de 2011.

3 - Contexto sócio político e profissional:
Dr. Carlos Vaz, Presidente do Conselho de Administração do CHTMAD/Ministério da Saúde não abdica da “menina dos olhos” que é este “hospital de proximidade”, copiado de um outro em Barcelona, Espanha, inspirado em modelos Americanos de contexto muito diverso do nosso, o primeiro em Portugal, mas sem camas para internamento das 80.000 pessoas desta região.
Câmara Municipal de Lamego, Assembleia Municipal, Presidente da Câmara etc… não têm tido argumentos nem “força” para alterar situação. Foi-se concordando com o ganho que se obteve porque esta solução era melhor que a não construção do hospital anulado em 2006 (melhor que nada…). Porém, se esta solução tem alguns pontos fortes, não assegura o fundamental. Não assegura as especialidades básicas como, até, está previsto no despacho de criação do hospital e como se impõe salvaguardar em prole das necessidades fundamentais e legítimo interesse de uma população e de uma região com história e identidade sócio cultural própria.
Políticos (pessoas/partidos) – Pelas mais diversas razões, nem sempre muito “claras” e altruístas, uns não querem, outros não podem e outros, ainda, não lhes interessa fazer adequar o programa funcional.
Técnicos de saúde – Têm tentado alertar para problemas e apresentar argumentos e alternativas no sentido de promover uma melhor adequação do programa funcional, mas não têm tido força/peso interno para o conseguir. Estão também limitados porque são funcionários da Instituição.
Tem havido várias reuniões, conversas e documentos a diferentes níveis (Câmara, Assembleia Municipal, Partidos, CHTMAD, grupos de afinidade, etc.), mais ou menos formais, mas sem qualquer resultado visível até à data.

4 - Outros aspectos a considerar
Hospital de Proximidade de Lamego – Área de Influência: 8 concelhos – 80.000 habitantes (Armamar, Lamego, Moimenta, Penedono, S. J. da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca).
CHTMAD integra Vila Real, Chaves e Lamego mas:
-Hospital de Lamego – 80.000 habitantes - 45 camas de medicina – PARA FECHAR
-Hospital de Chaves – 82.000 habitantes - 61 camas de medicina –
para manter
Porquê? O Hospital de proximidade, sem camas, só é bom para Lamego? Em Vila Real e Chaves precisam de camas para internamento de doentes agudos e Lamego não precisa? Não merece a pena?
A população idosa vai aumentar. Isto todos sabem. O seu nível de dependência, isolamento e fragilidade é cada vez maior. Verifica-se cada vez maior co-morbilidade, mais co-existência de múltiplos diagnósticos (múltiplas doenças em simultâneo) levando a um aumento do risco de acontecer episódios agudos de doença por desequilíbrio de uma destas patologias, com necessidades de recorrer ao internamento.
Desde a integração/criação do CHTMAD em 2006, já lá vão 5 anos, o Hospital de Vila Real não aumentou o nº de camas para a área da medicina interna (excepto +/- 24 camas para infecto-contagiosas). As camas de medicina, por sistema, estão sempre cheias e os doentes andam “espalhados” por outros Serviços ou pelos corredores e, que se conheça, a curto médio prazo, não se perspectiva nada de muito diferente…
O novo hospital de Lamego tem um padrão de organização de “vanguarda”, mas nunca foi testado em Portugal (foi em Barcelona e nos EUA::J) e esta experiência vai, logo, ser feita numa região como esta, com assinaláveis défices sociais, demográficos, económicos, infra-estruturais e de saúde.
O Hospital centrará a sua actividade nas valências de cirurgia de ambulatório, consulta externa, urgência básica, hospital de dia e visitas domiciliárias, mas, por exemplo, o Serviço de Consultas Externas do actual hospital já tem excelentes condições. E quantas consultas funcionam? Quantas especialidades? E quantas funcionam bem? Quantos médicos vêm a Lamego? Quantas vezes por semana?
O novo hospital de Lamego terá excelentes recursos e, até, lugar para os profissionais que existem no actual hospital. Porém, estes recursos, pagos com o nosso dinheiro não poderão dar resposta ao que esta população precisa, pelo menos no que diz respeito ao internamento de agudo, área base e nuclear de um HOSPITAL.
O tempo urge. Ou seja, no dia em que fecharem as camas, nomeadamente as de Medicina do Hospital de Lamego, muito dificilmente voltarão a abrir e é enorme o risco (quase uma certeza…) de os doentes desta região terem que ser enviados e estar internados em qualquer serviço do hospital de Vila Real, onde houver uma “camita”…ou num qualquer corredor à espera de uma. E o tempo urge porque falta pouco tempo para o novo hospital estar definido e concretizado.

VER DOCUMENTOS SEGUINTES
Hospital de Proximidade de Lamego

IN:
http://portal.arsnorte.min-saude.pt/portal/page/portal/ARSNorte/Conte%C3%BAdos/Ficheiros/Noticias/Desenvolvimento%20Unidades%20Hospitalares%20Regi%C3%A3o%20Norte%20-%20Ap.pdf

􀂅 Valor do investimento previsto
􀂆 40,0 M€, IVA incluído, sendo 30,44 M€ (76,1%) para projecto e construção e 9,56 M€ (23,9%) para apetrechamento
􀂅 Data previsível da conclusão
􀂆 Agosto/2011
􀂅 Área bruta de construção
􀂆 16.833 m2, excluindo as áreas técnicas e reserva (quase 4 campos de futebol)
􀂅 Área útil
􀂆 9.000 m2, (+/- de 2 campos de futebol…)
􀂅 Área do terreno
􀂆 93.800 m2
􀂅 N.º de camas
􀂆 30 camas(convalescença)
􀂅 Estacionamento
􀂆 255 lugares à superfície

Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro
Hospital de Proximidade de Lamego (HPL)

Programa funcional - Sumário executivo

in:
http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:ht3KEjBIt80J:www.gov-civil-viseu.pt/img/notas_imprensa/HPL.doc+programa+funcional+hospital+lamego&hl=pt-PT&gl=pt&pid=bl&srcid=ADGEESgq6V93YC40x1XU8KhrEvEgkB_Yt1Mt7TioHxN2b2V_T0ctMZz102FGchgonh-eMGKnxS1F_zYXDjha47oY38X5-9n5-ck444_47PZ7JYk05KZ6tPhcA4wYYU_nBQpB9JXr7QV-&sig=AHIEtbSwJwSRLVnZJksh7UnJg8i2ZKNKFQ

O HPL será dimensionado para prestar os seguintes serviços:

(a) Urgência básica;
(b) consultas externas diferenciadas;
(c) meios complementares de diagnóstico e terapêutica;
(d) cirurgia de ambulatório geral;
(e) unidade de dia e de serviço domiciliário e
(f) cuidados continuados de convalescença.

Serviço de urgência básico: funcionará 24 horas por dia, 365 dias por ano.

Consultas externas: Medicina, Cardiologia, Pediatria, Cirurgia Geral, Anestesiologia, Obstetrícia /Ginecologia, Oftalmologia, ORL, Ortopedia Neurologia, Nefrologia, Urologia, Pneumologia, Estomatologia. O serviço funcionará cinco dias por semana (250 dias/ano) das 8-20horas, prevendo-se cerca de 65.000.

Meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT): será composto pelos serviços de Imagiologia, Laboratório de Patologia Clínica, Medicina Física e Reabilitação (capacidade para 200 tratamentos/dia e 4000 consultas/ano).

Cirurgia de ambulatório geral: equipada com um bloco de três salas (mais uma do que no hospital actual), funcionando cinco dias por semana (250 dias/ ano, durante o dia), servindo toda a área do Centro Hospitalar Vila Real/Peso da Régua.

Unidade de dia e serviço domiciliário: A unidade de dia terá uma capacidade para atender, em ambulatório, até 6.000 doentes/ano, prestando quer cuidados pós-operatórios quer cuidados gerais e funcionando cinco dias por semana (250 dias/ano). O serviço domiciliário deverá funcionar 365 dias por ano prestando cuidados a doentes com alta.

Cuidados continuados de convalescença: capacidade para 30 camas.
Farmácia Hospitalar de Venda ao Público
Saúde Ocupacional
Área útil superior a 9.000 m2
Área de construção superior a 15.000 m2
Investimento total de 37 milhões de Euros

Documentos para consulta:
Relatório de contas e gestão do CHTMAD, de 2009 (Último disponível)
in:
http://www.chtmad.min-saude.pt/Downloads_HSA/CHVRPR/O%20Hospital/Relatório%20e%20Contas/Relatório%20e%20Contas%202009%20-%20CHTMAD.pdf

Criação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
Decreto-Lei n.o 101/2006 de 6 de Junho

Rede de serviços de urgência do SNS.

Despacho n.o 18 459/2006

e) «Serviço de urgência básica (SUB)» o primeiro nível de acolhimento a situações de urgência, constitui o nível de cariz médico (não cirúrgico, à excepção de pequena cirurgia no SU), podendo estar sediado numa área de influência que abranja uma população superior a 40 000 hab. em que, pelo menos para uma parte, a acessibilidade em condições normais seja superior a sessenta minutos em relação ao serviço de urgência médico-cirúrgico ou polivalente mais próximo. O SUB permite o atendimento das situações urgentes com maior proximidade das populações, dispondo dos seguintes recursos mínimos:
Humanos—dois médicos e dois enfermeiros, em presença física, um auxiliar de acção médica e um administrativo, por equipa;
De equipamento—material para assegurar a via aérea, oximetriade pulso, monitor com desfibrilhador automático e marca passo externo, electrocardiógrafo, equipamento para imobilização e transporte do traumatizado, condições e material para pequena cirurgia,
radiologia simples (para esqueleto, tórax e abdómen) e patologia química/ química seca.

Programa funcional do HPLamego (parte)
http://portal.arsnorte.min-saude.pt/portal/page/portal/ARSNorte/Conte%C3%BAdos/GRP/Lan%C3%A7amento%20Novas%20Unidades/Novas%20Unidades%20Hospitalares/Ficheiros/Novo%20Hospital%20de%20Proximidade%20de%20Lamego.pdf

RESENHA HISTÓRICA DA IMPRENSA.
23 Fevereiro, 2006 - 00:00
Governo avança com projecto para novo hospital de Lamego

IN:
http://noticias.portugalmail.pt/artigo/governo-avanca-com-projecto-para-novo-hospital-de-lamego_185621
O Ministério da Saúde irá nomear uma equipa, orientada pela Direcção Geral das Instalações e Equipamentos de Saúde (DGIES), que ficará responsável pelo projecto do novo Hospital Distrital de Lamego, adaptando-o às novas necessidades.
O Governo decidiu criar um grupo de trabalho, encarregue de «encontrar uma solução muito rápida», por ter plena consciência quer das «necessidades da população, quer das expectativas criadas, quer ainda da frustração dos profissionais que não dispõem de ambiente de trabalho com qualidade aceitável», assegurou em despacho.

A edificação do novo hospital tem sido exigida pela população já há alguns anos e o seu início chegou a ser anunciado para 2005, mas foi anulado pela tutela, por esta considerar que existia uma «desactualização do programa funcional e correspondente projecto».

Segundo avançou o Público, o governo referiu ainda em despacho que «prosseguir a construção de um hospital concebido para uma população tal como ela estava há 20 anos seria destinar ao fracasso um elevado investimento, desperdiçando a oportunidade de se encontrar uma solução moderna, eficiente e realmente adequada às necessidades».

A tutela mostrou-se ciente das condições actuais de algumas unidades de saúde, considerando que «o país tem, infelizmente, vários exemplos de hospitais de construção recente, cujo programa funcional e projecto não se adaptam às reais necessidades de saúde da população».

O despacho adianta ainda que o novo Hospital Distrital será «dotado de bons cuidados nas especialidades básicas, hospital de dia, consulta externa diferenciada e urgência básica qualificada, dispondo de uma plataforma tecnológica de alta qualidade». O hospital contará ainda com um vasto número de camas que permitam a recuperação dos utentes, de forma a desobstruir alguns serviços que recebem pacientes «anormalmente envelhecidos».

A tutela prevê ainda que o concurso para a edificação da estrutura seja lançado até 29 de Fevereiro de 2008, para que a obra possa começar até 30 de Novembro do mesmo ano. Se os prazos se cumprirem, o Hospital Distrital de Lamego deverá estar aberto ao público em 2010.

09/JUN/2006
Autarca lamecense pedem explicações sobre Programa FuncionalIN:
http://www.mundolusiada.com.br/ACONTECE/acon059_jun06.htm


Ígor Lopes (Portugal)- O presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes, esteve, na semana passada, em Lisboa, juntamente com outros autarcas do Douro Sul, durante a homologação do Programa Funcional do novo Hospital de Lamego. O autarca diz-se satisfeito com a aprovação desse Programa. Entretanto, está a elaborar uma lista com algumas dúvidas em relação a alguns serviços propostos nesse mesmo Programa.
Segundo Francisco Lopes, embora esteja “satisfeito e confiante” com a aprovação do Programa Funcional e com a construção do Novo Hospital de Lamego, “é necessário analisar se esse programa responde ao que entendemos ser as necessidades de saúde da nossa população. (...) Após essa análise, tivemos a possibilidade de identificar vantagens e inconvenientes no programa”.
Para o edil, alguns pontos carecem de maior explicação por parte do Governo. No que toca ao Serviço de Urgência básico, Francisco Lopes refere que se não for atribuído um nível superior de cuidados, as urgências terão os mesmos serviços que hoje são prestados pelos SAP’s.
De acordo com alguns profissionais de saúde, se esse serviço de urgência não tiver nível qualificado, “haverá uma onda de transferências de doentes para Vila Real, por parte dos médicos que tiverem uma mínima dúvida durante o diagnóstico da situação do doente”.
O número reduzido de camas é também um dos pontos criticados pelo autarca lamecense e poderá favorecer a transferência de doentes para Vila Real.
Em relação aos meios complementares de diagnóstico e terapêutica, a dúvida recai sobre o tipo de equipamentos que serão disponibilizados.
Sobre as cirurgias de ambulatório geral, resta saber, efectivamente, que tipo de cirurgias serão realizadas.
Já o serviço de unidade de dia e serviço domiciliário suscita também algumas dúvidas, em relação ao número de leitos.
Francisco Lopes referiu ainda ter “desafiado” o ministro da Saúde, Correia de Campos, a evitar o esvaziamento do actual Hospital Distrital de Lamego a nível de recursos humanos e de valências até que o novo hospital seja aberto à população. “Hoje em dia o nosso hospital vive um período de instabilidade em relação ao seu futuro e a todas essas mudanças. (...) O ideal seria promover um período de transição e adaptação até que os serviços sejam realizados no novo hospital”.
O financiamento foi alvo também de discussão entre Francisco Lopes e Correia de Campos, em Lisboa. A única possibilidade que viabiliza o processo financeiramente é ser suportado através de Fundos Comunitários.
“Congratulo-me com a homologação do projecto funcional e com a vontade política demonstrada pelo Governo em colocar o novo Hospital de Lamego novamente na agenda política. Quero acreditar que o Estado é uma pessoa de bem e que vai cumprir os prazos estabelecidos”, finaliza Francisco Lopes.

Despacho n.º 6157/2006 (2.ª série). –

IN:
http://www.portaldasaude.pt/NR/rdonlyres/DD4A12F0-7C50-46B1-9B97-72D9BC6BD818/0/lamego.pdf


A desactualização do programa funcional e correspondente projecto para o Hospital Distrital (HD) de Lamego torna impossível a adjudicação do concurso entretanto aberto. Na verdade, uma longa prática rotineira de programação tornou visivelmente inadequado o projecto existente em relação às necessidades. O projecto sofre simultaneamente de subdimensionamento em algumas valências e de sobredimensionamento noutras. Mas o problema mais grave reside na sua rigidez e total impossibilidade de reconversão à mutação ocorrida nas necessidades de hospitalização. Três factores documentam esta impossibilidade: a) o envelhecimento progressivo da população; b) o aparecimento de uma população sazonal turística em quantidade crescente e com necessidades de saúde muito específicas, e c) a redução acelerada da natalidade na região. Acrescem aos factores anteriores a rapidez de comunicação viária facilitada pela A 24 e a persistente dificuldade de circulação na margem sul do Douro entre os concelhos de Cinfães, Resende, Lamego, Tarouca, Armamar e São João da Pesqueira.
Prosseguir a construção de um hospital concebido para uma população tal como ela estava há 20 anos seria destinar ao fracasso um elevado investimento, desperdiçando a oportunidade de se encontrar uma solução moderna, eficiente e realmente adequada às necessidades. O País tem, infelizmente, vários exemplos de hospitais de construção recente, cujos programa funcional e projecto não se adaptam às reais necessidades de saúde da população. Não há justificação para persistir no erro. Todavia, quer as necessidades da população, quer as expectativas criadas, quer ainda a frustração dos profissionais que não dispõem de ambiente de trabalho com qualidade aceitável determinam uma solução muito rápida para o problema.
O Governo comprometeu a sua palavra em que Lamego tivesse um hospital novo até ao final da presente década. Tal será cumprido. Para o efeito, importa mobilizar todas as vontades, capacidades técnicas e recursos financeiros necessários. Para que esta exigente meta seja cumprida impõe-se trabalhar de imediato. Nestes termos, deverá constituir-se, sob a presidência da DGIES, um grupo de trabalho com representantes da ARS do Centro e da ARS do Norte, dos conselhos de administração do próprio Hospital e do Centro Hospitalar de Vila Real/Peso da Régua, unidade de natural referência pela proximidade, com vista à elaboração do programa funcional de um novo HD de Lamego que, assumindo as características de hospital de proximidade, seja dotado de bons cuidados nas especialidades básicas, hospital de dia, consulta externa diferenciada e urgência básica qualificada, dispondo de uma plataforma tecnológica de alta qualidade e ainda de um número adequado de leitos de convalescença, para descongestionar os serviços de agudos das patologias prevalentes nos utentes, anormalmente envelhecidos, abrangidos na área de influênciadeste Hospital.
O grupo de trabalho deverá visitar, de imediato, alguns hospitais de proximidade de Espanha, em zona com características demográficas e procura turística semelhantes à da região onde o concelho de Lamego se insere. Produzirá o seu programa funcional para aprovação antes de 31 de Maio do ano em curso. Aprovado o programa, ser mediatamente ançado o concurso para projecto da obra de modo que as propostas ossam estar prontas para apreciação em 30 de Novembro. Os passos seguintes serão realizados com rigoroso cumprimento do cronograma contido neste despacho.
Nestes termos, determino:
1 - A constituição de um grupo de trabalho para a revisão do programa do novo HD de Lamego como hospital de proximidade, composto pelas seguintes instituições e pessoas:
DGIES, engenheiro João Wemans, que presidirá;
ARS do Centro, Prof. Doutor Fernando de Jesus Regateiro;
ARS do Norte, Dr. Alcindo Salgado Maciel Barbosa;
Presidente do conselho de administração do HD de Lamego, Dr. António Manuel Marques Luís;
Dr. Carlos Alberto Vaz, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Vila Real/Peso da Régua.
2 - O grupo poderá agregar personalidades de reconhecida competência técnica para o assessorar no seu trabalho.
3 - O grupo visitará até ao fim de Março alguns hospitais de proximidade em outros países com vista a formular um novo conceito de hospital de proximidade adequado à mutação das necessidades de saúde ocorridas entre o programa inicial e a presente revisão.
4 - Até ao final deste ano, os serviços responsáveis deverão, com os contributos do grupo de trabalho, alcançar as seguintes metas temporais:
Novo programa revisto a apresentar a homologação - até 31 de Maio de 2006;
Lançamento do concurso de projecto - até 30 de Junho de 2006;
Período de concurso entre projectistas - até 30 de Setembro de 2006;
Apreciação dos projectos candidatos e adjudicação - até 31 de Janeiro de 2007;
Aprovação do projecto de execução - até 31 de Janeiro de 2008;
Lançamento do concurso de construção - até 29 de Fevereiro de 2008;
Período de concurso entre construtores - até 31 de Maio de 2008;
Apreciação das propostas e adjudicação - até 31 de Agosto de 2008;
Início da construção - até 30 de Novembro de 2008;
Conclusão da construção - 30 de Junho de 2010;
Instalação de equipamento e recepção - 31 de Outubro de 2010;
Abertura do Hospital - 30 de Novembro de 2010.
5 - Os encargos com a constituição e funcionamento do grupo serão suportados pelas dotações extraordinárias previstas para o novo HD de Lamego.
13 de Fevereiro de 2006. - O Ministro da Saúde, António Fernando Correia de Campos.

Curiosidade… muito interessante
Acta nº3 da Câmara Municipal de Resende, em 2006

IN:
http://assembleia.cm-resende.pt/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=37&Itemid=11

ASSUNTOS DE INTERESSE PARA O MUNICÍPIO:--------------------------------------------
Neste ponto registou-se a seguinte intervenção:-----------------------------------------------------

Sra xxxxx Elsa Rodrigues: "Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal, Exmo. Presidente da Câmara Municipal, Caros membros da Assembleia Municipal, Exmo. Público aqui presente, Muito boa tarde. Foi tornado público o novo programa funcional para o Hospital de Lamego, sobre o qual o Sr. Presidente assume a sua posição favorável numa entrevista publicada num jornal regional (Jornal Lamego Hoje, 8 de Junho de 2006). De acordo com o novo programa, o Hospital passará a ter uma urgência básica onde apenas se prestará a mesma assistência que hoje se presta no serviço de atendimento permanente (SAP), o que significa que servirá para triar os casos que deverão ser encaminhados para uma urgência de cuidados de saúde diferenciados, neste caso, Vila Real. O bloco operatório servirá apenas para cirurgias de ambulatório, ou seja, que não implique internamento, funcionando apenas em dias úteis. O internamento contará apenas com a disponibilidade de 30 camas que servirá uma população com mais de 80 mil pessoas, sendo vocacionado apenas para cuidados de convalescença, ou seja, cuidados pós situação aguda, pessoas que necessitam de alguns cuidados até se restabelecerem totalmente ou em casos sociais, até serem reinseridos. Tudo isto significa que os nossos doentes em fase aguda, a necessitar de cuidados de saúde diferenciados, terão de ser internados em Vila Real, o que para uma população cada vez mais envelhecida como a deste concelho, será um rude golpe e, com certeza, representará cuidados de saúde menos humanizados. Em suma, passaremos de um Hospital onde se prestam hoje cuidados de saúde diferenciados, para um Hospital que em termos de funcionalidade não é nada mais do que um Centro de Saúde grande, que servirá mais de 80 mil pessoas. Deixamos clara a posição da Bancada do PSD nesta Assembleia, bem como, a da estrutura concelhia, que é favorável a um Hospital de Lamego onde se prestem cuidados de saúde diferenciados e não a este modelo que o transforma, repito, num Centro de Saúde grande. Gostávamos que o Sr. Presidente da Câmara assumisse a sua posição acerca deste assunto, tão importante para as pessoas deste concelho. Obrigada.".—

Sexta-feira, 26 de Março de 2010
Novo hospital concluído até Setembro de 2011
IN:
http://taroucahoje.blogs.sapo.pt/2010/03/


O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro garantiu que o novo hospital de Lamego ficará concluído até Setembro do próximo ano."A obra está em franco desenvolvimento, não há atrasos", disse Carlos Vaz aos jornalistas, no final de uma visita às obras do hospital (iniciadas em Agosto de 2009), em que participou o secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro.
O governante frisou que o hospital de Lamego "é um projecto pioneiro", com um serviço predominantemente de ambulatório, que servirá uma população directa de cem mil habitantes dos 10 concelhos do Douro Sul e fará uma cobertura indirecta a 375 mil habitantes (toda a população que integra o centro hospitalar).
"Estes cuidados de proximidade têm mais valências, melhor equipamento, excelentes profissionais de saúde que já existem", frisou, acrescentando que será "uma mais valia" para a região.
Na sua opinião, a nova unidade de saúde também será importante ao nível da competitividade territorial, porque os turistas que visitam o Douro Sul gostam de saber que podem contar, "para qualquer emergência, com cuidados de saúde adequados".
O novo hospital, orçado em mais de 41 milhões de euros e que fica situado junto ao nó da auto-estrada A24, disporá de cirurgia de ambulatório (três salas operatórias), consulta externa (14 gabinetes), urgência básica, hospital de dia e visitas domiciliárias.
Carlos Vaz admitiu que a população estranha o facto de o hospital não ter internamento, considerando "normal que as mudanças e as coisas novas preocupem as pessoas". No entanto, lembrou que, "em todo o mundo desenvolvido, nomeadamente nos Estados Unidos, !!!! já vão na quinta geração de hospitais de ambulatório".
"É muito melhor para os doentes, que não gostam de estar internados. E o desenvolvimento da cirurgia e da própria medicina leva a que pensemos que, de facto, as paredes e as camas não tratam doentes", acrescentou.
O responsável sublinhou que "quem trata os doentes são os profissionais, a tecnologia" e que é melhor que as pessoas, depois de intervencionadas, tenham "um bom acompanhamento de visitas domiciliárias e hospital de dia", ficando junto dos seus familiares e evitando as infecções hospitalares.

OK. E os que precisam de ser internados?
O presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, manifestou preocupação sobre a forma como será feita a transição de um hospital normal para um hospital de ambulatório.
"Grande parte dos profissionais de saúde trabalha há muitos anos em medicina hospitalar e irão querer continuar na mesma área funcional, serem aproveitados o melhor possível dentro das suas especializações", realçou, fazendo votos para que não haja "qualquer tipo de desmotivação".
Fonte: Diário de Viseu

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